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sexta-feira, 26 de outubro de 2012

No bar.


As bocas em minha frente não param.
Discursos aprazíveis pululam em minha mente.
Como se amam os locutores felizes
que não me notam
e nem se importam.

Pluralizando as frases bobas e bêbadas
vão sorrindo e se encantando 
a cada vírgula, a cada reticências.
Sem embargos, sem pontos.

Talvez a cerveja me torne um intérprete
do cinema mais-que-mudo.
Talvez os sonhos me mostrem os sons
que ninguém é capaz de ouvir. Ou não!!


quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Ao Pipoquinha =oD

E veio o azul,
brotando no amarelo
em meio ao rubor da tela.

Com sons tão conhecidos
entre choros e risos
irrompeu um destino.

Vitor, Vitoca
fez surpresa a todos
com um salto de pipoca.

Nem teve convites
para a mais bela festa
feita com a sorte
que o 13 trouxera.

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Papo furado

Adorava bater papo
com os botões amigos,
em especial os das casas
da listrada.

A tristeza foi grande
quando naquela briga fatal
viu a sua (desde então) ex
calar seus companheiros mais queridos.

Agora só conversa com as botas
velhas e batidas
e as esconde com cuidado
de todas as novas namoradas.

sexta-feira, 1 de abril de 2011

In(Sônia)

Procurou embaixo do travesseiro,
nas estrelas do teto,
no leite morno,
nos programas chatos de tv,
nas canções de ninar
e até mesmo nas cercas
das quais saltavam carneirinhos.

Jamais encontraria
naqueles lugares
o que perdera no mundo desconhecido
dos encontros ocasionais
entre a realidade e o sonho.
Estava no abraço dela
a paz que o faria voltar a dormir.

O mundo e eu

Chove aqui dentro
confetes e serpentinas
enquanto as notícias
caem como granizo
na caixa colorida
que comprei parcelada.

O que importa essa
chuva de palavras feias
que os meus olhos veem
se tudo que eu não vejo
veste-se tão belo
em meu peito.

Lá fora: LCD
Lá dentro: LSD.

quarta-feira, 23 de março de 2011

[...]

Soprou sonhos
nos olhos castanhos
da moça estranha.

Queria tirar
um pequeno medo
grudado nas suas retinas.

Foi pior.
Encheu de ilusões
aqueles olhos confusos,

agora fechados,
sem enxergar o mundo
com tanto cis (R) co.

segunda-feira, 21 de março de 2011

Ah! Safada.

Safa da vida
vivia entre braços fortes
e lábios carnudos.

Safa da história
teve muitos casos tórridos
e amores confusos.

Safa da morte
quase perdeu tudo
com aquele poeta cabeludo.

Ah! Safado.